Com preços muito altos, vendas de imóveis caem em capitais brasileiras.

Com preços muito altos, vendas de imóveis caem em capitais brasileiras.

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As vendas de imóveis vêm caindo em várias capitais do Brasil. Os preços estão muito altos. O que se espera é que com uma oferta maior de imóveis, os preços caiam. Os imóveis estão supervalorizados e muitos brasileiros que procuravam o mercado imobiliário como opção de investimento agora buscam outras aplicações para não perder dinheiro. Anúncio tem aos montes pelas ruas de Brasília.

São muitos imóveis a espera dos compradores, que desapareceram. “Há 38 anos que estamos no mercado nunca tínhamos visto uma crise. Você anunciava imóvel para vender com 15 dias, 20 dias, 30 dias, vendia. Tem imóvel anunciado há seis meses e não vende”, afirma o corretor Francisco Albuquerque.

Comprar imóvel era um investimento. Mas a alta dos preços foi tão grande que deixou de ser um negócio atrativo. E, em muitos casos, inatingível para quem procura casa própria.

Um apartamento de 80 metros quadrados, em Brasília, custa hoje, em média, R$ 670 mil. Um, do mesmo tamanho em um bairro semelhante vale a metade do preço em cidades como SalvadorFortaleza e Maceió.

No Rio de Janeiro, de 2008 para 2012, os imóveis subiram em média 170%. Só no ano passado, a valorização foi de 45%. Com isso o mercado na cidade também desacelerou.

Em São Paulo, nos últimos 4 anos o preço dos imóveis aumentou 132%. Em julho e agosto, o metro quadrado até caiu de preço. Mas ainda assim, as vendas reduziram 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a Associação Brasileira do Mercado Imobiliário, as construtoras estão se adaptando ao novo cenário. Oferecendo mais, como áreas de lazer, por exemplo, sem cobrar um preço absurdo.

“Projeto hoje que tem velocidade de venda é o bom projeto com preço certo. Esse tipo de empreendimento tem sucesso tem empreendimento e a gente tem visto vários ao redor do país”, explica Pedro Fernandes, vice-presidente da ABMI.

Para o economista Roberto Piscitelli, nessas cidades, a hora, agora, é do comprador. A tendência é de queda nos preços. “Em função desse aumento de oferta e talvez do superdimensionamento que as próprias empresas, construtoras, incorporadoras deram ou atribuíram a esse mercado, é muito provável que haja um aumento da oferta e com esse aumento da oferta uma redução dos preços”, afirma.

Fonte: BOM DIA BRASIL – 18/10/2012